domingo, 15 de março de 2009

Avaliação em UTI. Passagem de plantão (parte 1)

Na postagem anterior, falei um pouco sobre a importância da ronda pelos leitos de UTI ao chegar no setor para uma nova jornada de trabalho. Nesta postagem, falarei um pouco sobre a PASSAGEM DE PLANTÃO EM UTI.

Este assunto não é muito discutido pelos fisioterapeutas plantonistas da UTI. Acredito que a principal causa disso seja a pouca quantidade de hospitais públicos e privados que dispõem de fisioterapeutas em período integral neste setor. É fato que plantões integrais contribuem mais na recuperação dos pacientes que os plantões em período de 12 horas ou menos. As vantagens estão no tempo maior de vigilância e realização das atividades fisioterapêuticas e na garantia da continuidade de uma proposta terapêutica discutida no "round", passada de plantonista para plantonista.

A passagem de plantão é a primeira etapa consistente na busca de informações do paciente e auxilia as etapas seguintes, por exemplo: No exame físico, ela pode orientar na busca de achados específicos e no exame complementar, uma busca de resultados ou solicitação de novos exames.

É importante que o plantonista que passa as informações faça um resumo dos acontecimentos no seu turno de trabalho e em alguns casos, ele deverá informar fatos mais antigos para esclarecer uma evolução que não ficou clara. Impressões pessoais e propostas terapêuticas e diagnósticas poderão concluir a passagem de cada caso.

De cara, a passagem de plantão pode parecer simples, mas deve-se ter cuidado, pois informações fundamentais mal passadas ou assimiladas atrapalham o planejamento e a tomada de decisão do plantonista que assume.

Não existe um modelo específico de passagem de plantão, cada plantonista pode ter uma forma própria. Algumas vezes a forma com que um plantonista passa as informações não é muito adequada para aquele que recebe. Informações muito sintéticas, muitos detalhes não fundamentais e interferência com assuntos inapropriados podem prejudicar a formação de uma idéia correta sobre um caso.

Outros fatores que podem atrapalhar são: baixa capacidade de concentração e memorização daquele que recebe, pouco tempo disponível (pressa) durante a passagem de plantão, muita quantidade de informações, interferências de outras pessoas, barulho de alarmes...

Aguardem a segunda parte deste tema.

Abraços a todos.

4 comentários:

RODRIGO QUEIROZ disse...

Olá Daniel, inicialmente dizer que coloquei a sua entrevista lá no Blog, muito obrigado pela contribuição.
Essa discussão sobre passagem de plantão será muito enrriquecedora e estou ansioso para ver os próximos capítulos...Grande abraço

Daniel Arregue disse...

Muito obrigado, Rodrigo. Estou certo que você gostará.

Grande abraço.

Unknown disse...

Parabéns pelo seu blog! Já está no meu menu de favoritos!

Unknown disse...

Boa Tarde a Todos!!
Gostei muito sobre a discussão!
Sou estudante do 5° ano de fisio e gosto muito da área hospitalar.
Parabéns!!
Aguardo próxima discussão sobre o assunto!!
Até mais!

Joice Arnoni