1- Início ou disparo pelo respirador e
2- Início ou disparo pelo paciente.
Na primeira forma o respirador programa o início de cada inspiração por meio da frequência respiratória (FR) ajustada nos modos mandatórios.
Ex. Numa FR programada de 15 cpm, o respirador calcula o tempo de cada disparo dividindo 60 segundos (1 minuto) por esta FR. Neste caso, o resultado é de 4 segundos. Então, a cada 4 segundos o respirador libera um disparo e no final de 1 minuto terá liberado 15 disparos.
Dizemos que este disparo ocorre por TEMPO e é chamado de CONTROLADO. No gráfico abaixo, os disparos controlados são representados a partir da linha pressórica expiratória.
Na segunda forma, o disparo acontece por meio do esforço inspiratório do paciente e para que isto seja possível, existe no respirador um dispositivo chamado de sensibilidade, ele é um sensor que identifica este esforço e fornece neste momento o fluxo de gás inspiratório para o paciente.
Dizemos que este disparo ocorre pela SENSIBILIDADE e é chamado de ASSISTIDO. No gráfico, ele é caracterizado por uma discreta redução na linha de pressão expiratória, logo no início da inspiração.
Os disparos só ocorrem se o paciente apresentar "drive" respiratório.
Na prática clínica utilizamos a combinação destas duas formas, neste caso são necessárias uma FR programada e uma sensibilidade ativada de forma que identifique facilmente o esforço inspiratório do paciente. Então, cada disparo poderá ser CONTROLADO ou ASSISTIDO, isto dependerá de qual controle foi ativado primeiro.
Numa FR programada de 15 cpm, o respirador aciona um temporizador para disparar o fluxo inspiratório a cada 4 segundos após o disparo anterior, tenha sido ele controlado ou assistido. Se o paciente gerar um esforço inspiratório antes deste tempo, ele acionará a sensibilidade primeiro, e receberá o fluxo inspiratório antes da liberação por tempo. No caso do paciente não gerar nenhum esforço, o respirador liberará o fluxo inspiratório sempre após 4 segundos do disparo anterior.
Esta forma é denominada de ASSISTO-CONTROLADA.
Neste exemplo, os dois primeiros disparos foram controlados, se o paciente não tivesse gerado nenhum esforço, o disparo seguinte também seria controlado aos 8 segundos e o próximo aos 12 segundos e assim sucessivamente a cada 4 segundos.
Porém, como a sensibilidade foi acionada pelo paciente aos 7 segundos, o respirador liberou o fluxo inspiratório e programou o tempo para o próximo disparo controlado aos 11 segundos. O disparo controlado seguinte seria aos 15 segundos, porém o paciente antecipou-o aos 14 segundos.
No caso do paciente apresentar esforço inspiratório regular com tempo de disparo menor que o tempo de acionamento controlado, todos os disparos serão assistidos e a FR será maior que a programada no painel do respirador.
Esta combinação permite sincronia ventilatória entre o respirador e o paciente e também garante uma ventilação minuto alveolar mínima, caso o paciente não gere nenhum esforço inspiratório ou apresente grandes variações no ritmo respiratório.
Até a próxima.
Abraços a todos.
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